sexta-feira, 3 de julho de 2015

note to self: relax

    O silêncio as vezes nos basta pra reabastecer todas as energias que foram gastas num último texto. Eu me sinto tão bem quando escrevo, que se eu escrevesse todos os dias me sentiria chata por nunca chorar ou ficar triste por um fato da vida.
Fico pensando sobre alguns rostos que vejo na rua: como elas expõe os seus sentimentos? Chorar não resolve, mas limpa a alma. Mesmo assim, sinto que não é e nunca será suficiente.
   Não escrevo há alguns dias, acho que eu estava com bloqueio. A verdade é que a dor me faz. Sentar e escrever sobre qualquer coisa me parece vazio demais... Então eu esperei, guardei tudo aqui dentro e hoje, resolvi explodir. Juro que há tempos não via tantas lágrimas assim.


 
    Eu sinto muito orgulho das pessoas que passam pelas coisas devagar e quando elas nunca sofrem por mil coisas de uma vez. Infelizmente, as minhas dores se escondem numa caixa bem escura no fundo do peito, e quando surgem, vem em forma daquelas tempestades bizarras que destroem casas - no caso, a casa sou eu.
  Eu acredito num Deus que move montanhas e que restaura minha vida para que eu não sofra mais. Mas também acredito num Deus que me mostra através desses sofrimentos, milhares de coisas que servirão pro meu crescimento.



    Me pergunto todos os dias pra que me servirão todas essas dores, e são várias, mas que obviamente talvez não se compare com a sua dor. Mas todas as emoções são tão delicadas, visto que o mundo gira em torno de cada um de nós e de nossas atitudes. Seria um saco e o mundo não seria mundo se as coisas não funcionassem assim. ops! Houve um equívoco... As vezes a gente passa por algo que nem sempre foi reação de alguma ação nossa...
     Sendo assim, eu queria poder dizer mil coisas pra te convencer de que as coisas ficarão bem, e que você nunca mais vai sofrer. Mas eu não posso, porque sei que seria mentira. Eu já perdi tanto, que se não houvessem tantas perdas na minha vida, não seria eu. A chave de tudo isso talvez seja essa: ver um ponto positivo nesse momento ruim pelo qual você está passando agora. E isso é um recado pra mim também.


      Enfrentar seus problemas de frente implica em um milhão de coisas e isso só cabe aos fortes. E é por isso que e digo que eu não sei lidar, e é por isso que me escondo atras dessa maldita tela de computador e escrevo coisas sem sentido. Talvez meu papel seja exatamente esse: de te deixar bem. E de roubar pra mim todas as dores do mundo. Carregar nas costas e aceitar o fato de que eu nunca estarei satisfeita em chorar só por mim, mas pelos outros também - e juro que tudo bem pra mim.

   O mundo não é injusto, a gente é que estabelece o caos da injustiça nele. Levanta-te, para de se esconder atrás de qualquer texto banal. O universo é muito grande pra você querer ser um personagem de filme francês. É tudo bem maior que isso.

     ''Chegou a hora de ser maior que as muralhas.''

segunda-feira, 15 de junho de 2015

carta à Maria

Brasília, 15 de junho de 2015.

Querida Maria,

estive pensando em quando poderia te contar todas as coisas que tem acontecido por aqui. Decidi que seria hoje mesmo, afinal, não posso guardar por muito tempo tanta coisa que tem me sufocado.
Acho engraçado que quando um ano começa, a gente sempre idealiza mil coisas. A casa nova, um emprego novo, talvez uma faculdade, um namorado ou qualquer outra coisa que nos deixe plenamente feliz conforme o figurino manda.

Frustrante é quando nada disso acontece e já estamos no meio do ano.

2015 não tem sido um bom ano, querida Maria. Nossos planos foram frustrados. Ou será que Deus tem algo melhor pra nós e ainda não nos damos conta disso?! Eu não sei te responder. Poderia, mas não vou.

Perdemos quase tudo, não foi?!

Abri uma passagem na bíblia hoje que dizia que o que nos basta é o alimento que o Senhor nos dá. Me desculpem, mas na teoria tudo é mais fácil. Eu ando frustrada. Desmotivada. Com medo. E eu não sei mais o que fazer.

O mundo é injusto. Principalmente com aqueles que creem e que fazem [quase] tudo que está ao alcance pelos outros. Maria, eu tenho pensado em desistir. Eu sei que existem pessoas que acreditam em nós, eu sei que Deus acredita em nós.

Mas não tenho mais forças.

Você sabe tanto quanto eu que eu tenho tentado. Mas todos os dias uma parte do nosso chão cai um pouco, e ele já está prestes à ruína. Eu olho pra trás pra ver se nos resta um pedaço, se alguém está ali pra segurar nossas mãos, mas só vejo escuridão. Dizem que nos basta olhar pra frente, e desde quando tentei só olhar pra frente o chão tem se dissolvido mais e mais e mais e mais e mais e mais.
Não basta sermos nós.

Somos todo mundo, querida Maria. Somos todos os problemas de todos. Somos nossos problemas. E por mais que consigamos resolver os dos que amamos, ninguém nunca vai nos ajudar a resolver os nossos.

E por isso que decreto o fim de nós.

O fim de tudo o que construímos [ou não] até agora. E mesmo que na hora desse tão aguardado fim eu venha falhar, como tudo que já fiz nessa vida, saiba que o fim não é somente algo carnal.
O fim pode se instalar em nosso psico, em nossos corações e em tudo o que pensamos em uma vida inteira que fôssemos.

''O fim é belo e certo, depende de como você vê.''

Me desculpe. Já era hora de dizer adeus. 

quinta-feira, 28 de maio de 2015

   A vida é mesmo estranha, e eu já fracassei tanto nela que as vezes penso em desistir. Mas eu já falei isso por aqui e torno a repetir - desistir não é errado, errado é persistir em algo que talvez nunca dê certo.
  A gente pode optar por mostrar nosso lado mais obscuro pr'esse mundão, ou simplesmente fingir que tá tudo bem e que nosso maior fracasso foi simplesmente cometer a loucura de trocar Caetano por City and Colour. Olha só, eu já cometi esse absurdo. 
 Mas ok, a vida segue. E ai a gente pode colocar Caetano no spotify mais uma vez - e quantas outras vezes que quisermos.

  E essa foi a primeira vez que eu fracassei.


A segunda vez foi quando decidi que andar de bicicleta nunca seria mais divertido que andar de patins. Olhem só! Sinto mesmo que perdi boa parte da minha infância ao cometer essa loucura. Andar de patins exige tanto de nós, como por exemplo, aprender matemática. E nunca, nunca mesmo, nossos cabelos vão se movimentar da mesma forma que quando tiramos a mão do ''controle'' de uma bike. Andar de patins é legal, mas andar de bicicleta é radical.

  Será que é tarde pra aprender?!


A terceira vez que eu fracassei foi quando eu tentei ser o que o mundo queria só pra eu ser aceita. Engraçado pensar nisso, porque tipo, todo mundo já agiu assim pelo menos uma vez na vida. Por que vocês acham que um adolescente muda em média de 2 a 4 estilos e ''personalidade'' nessa fase? Não é por falta dela, mas sim pra ser visto. O mundo não precisa ser fracassado por isso, mas eu fui.

  Talvez ainda seja.


A quarta vez que eu fracassei foi quando eu achei que o amor era algo que eu precisava medir, evitar e escrever só quando acabasse. E isso é o que a gente cresce ouvindo... Mas porra, não! Depois de ter fracassado, eu aprendi que a gente pode encarar e viver o amor TODOS OS DIAS, e que não necessariamente ele se expressa somente através de beijos, caricias, abraços. Existe muito mais. Tanto, mas tanto, que eu posso dizer que o amor está presente aqui e agora nesse texto.

  O amor não acaba sabe?!


E a quinta vez que eu fracassei foi quando eu achei que o fracasso não podia ser vencido. Acho que a gente tem que cair todos os dias, pra levantar e limpar os joelhos, sorrir e dizer que ta tudo bem. E se não está, vai ficar.
Como diria Pitty: ''Já sabe o que é cair, ao menos tentou ficar de pé. E, vitima de si, despreza o que nunca vai ter''.  Tentar ficar de pé depois da queda é a chave, o resto é consequência.


-> quais foram as 5 vezes que você fracassou?! :)

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Caguei pra você.

Eu poderia escrever um texto conceitual, com mil coisas subtendidas. Mas preferi que seria banal, e te diria tudo assim -as-claras-.

Caguei pra você, porque prefiro estar assim: sendo sempre mais de mim. Egoísta, e com o coração aquecido e protegido por um amor que --jamais-- vai desistir de mim por medo.

Sou bizarra. Eu sei jamais teria você disposto pra mim. Como nos dias legais de dezembro. E eu não sei porque agora - só agora - parei pra pensar que talvez você tivesse mexido comigo além do que eu sempre permiti por parte dos outros seres humanos.

Entende que eu nunca quis 100% de você, afinal não tratamos de exatidão quando o assunto é ''gostar'' de alguém. A gente precisa de liberdade pra poder respirar, e além disso, pra não nos preocuparmos e sermos perfeitos pro outro. Porque se a gente ama, a gente não é 100, mas sim, o complemento. Que talvez seja 10%, mas essa é a chave. Ser 100 é chato.

Acomoda. E rouba nosso ar.

Eu não quero cobrar nada de você, ser igual ao mundo que gira em torno do sofrer por amor. Não sou assim. Eu só gosto de você, e eu assumo que é do jeito mais bobo e mais meu de gostar de alguém.
Você não entenderia porque eu nunca, nunca te demonstrei segurança alguma. Por isso a fuga de mim, e talvez de nós, por parte de você. Sei la. Eu realmente não sei de muita coisa que envolva o mês de dezembro - e nem os outros -.

Como sou tola.

Eu caguei pra você porque é uma causa perdida. Jamais passaria de uma noite. Jamais passaria pra parte idiota que escrevo algo absurdamente filosófico pra você, enquanto você se empenha em ser legal e cozinhar algo pra nós dois.

Você prefere os romances de cinema. E jamais te julgaria por isso, o mundo é assim. Eu que procuro - o tempo todo - não ser igual a ele. E talvez seja por isso que prefiro estar sozinha e não foder ninguém, psicologicamente falando.

As vezes faço isso sem perceber. Faço isso comigo mesma, M. E eu sou assim.

Não imagino você rebelde igual a mim, do tipo que se rende à um sentimento louco. Que prefere estar ali, vivendo, (do) que buscando por algo que talvez nos prenda a vida inteira. Nos dê segurança, conforto, mas jamais, a paz de espirito e o coração quentinho. Porque sentimentos loucos, nos faz sempre manter a expectativa sobre a vida.

Sobre o que vai acontecer amanhã. Sobre o sexo sempre maravilhoso, o beijo sempre caloroso e sei la, até mesmo o cafuné.

Quando a gente se mantém acostumado com algo, a sentimentos banais e rendidos ao mundo, tudo será sempre igual.

Eu sei que eu não sou assim. Queria te mostrar aquele mundo novo, do post no twitter. Que só cabemos eu e você.

Mas você não sustentaria boa parte de mim. De nós.

Você é Joel, eu, Clementine.

Caguei pra você. Não porque não te gosto, ou porque não te quero. Mas sim, porque sei que a segurança e os pés no chão são que te mantém seguro pro que pode vir amanhã. A certeza desse amanhã.

Eu não sou certeza pra ninguém.
Nem pra mim, nem pra você.
E nem pro nós de dezembro de 2014.

Se cuida.

domingo, 26 de abril de 2015

21 .

corre-corre-corre, o tempo passa.
coloca caetano
muda, prefere um rock n roll

21 anos
jeans, botas, chapéu e a sempre -quase sempre - camiseta preta
respira

inspira.
acende o teu cigarro
bate a poeira

era menina, as vezes meio mulher
não sabe de nada
busca respostas

o coração pulsa, menina.
jamais deixa de bater porque você quer.
entende

cabelos curtos não te provam nada.
o mundo gira.
calce tuas botas.

e viva.


terça-feira, 7 de abril de 2015

Sinto que vou explodir. 
O caos se estabeleceu dentro de mim e eu juro que não consigo arrancar. Tá tão foda que escrever não tem me suprido mais como antes. Essa sensação absurda de que tem uma mão dentro do meu peito apertando meu coração, persiste em permanecer aqui.
Tudo aconteceu de uma vez. 
E todas as vezes que isso me acontece, sinto que vou morrer. Não uma morte física, mas é auto explicativo. Sei la, eu exijo muito de mim. Acho que ninguém nunca vai corresponder de forma destrutiva as coisas que mantive ali da mesma maneira. Entende?!

Ontem eu parei pra pensar sobre tudo isso, e só encontrei um buraco enorme. Tão enorme que era quase imperceptível, porque se mesclava às outras coisas ao redor.
Minha obsessão com o mundo e com você tem me matado. Eu não sei ao certo que sentimento é esse que me sufoca e rouba de mim até o meu sonho que antes me parecia tranquilo. Eu sei que seria ingênuo demais exigir todas essas coisas de você e do que nos cerca. Eu sei, mas preferia não saber.

Tenho me sentido sozinha até quando vou dormir. E eu sei que contar nisso em um blog é me expor demais, mas eu não ligo. Tenho buscado incessantemente por um colo, um beijo na testa e um olhar paralisante. E eu também sabia que ser dura demais e reclusa demais me faria estar tão sozinha assim. Não sei o que posso fazer pra que as coisas mudem de um dia para o outro. Eu diria se soubesse.  

Chorar tem sido minha atividade diária, e se essa atividade não existisse, eu estaria bem pior do que realmente estou. Sinto que o mundo tem me possuído de um jeito que não era pra ser. E que todos que aqui pertencem, me enxergam de um jeito que talvez nunca vá existir.
Eu já não me aguento mais. 
E se eu sumir, avisem pra mim - mesmo que em sussurro - que eu fui fraca e desisti. Que eu não consegui manter por mais um minuto sequer todo esse mundo nas minhas costas. Digam a mim que eu busquei em tudo e em todos algo que faltava em mim, e que, eu só preferi parar de ser tão masoquista.

sim, o fim. 

Digam a mim que eu fui o contrário do que sempre busquei. E que preferi  a experiência mórbida do ponto final que a sequência asmática do caos. 


quarta-feira, 11 de março de 2015

         ''Você sabia de tudo, mas não entendia nada. 
       Era o sol da manhã perdida, a lua da noite rebuscada. No rádio, Caetano. Nas mãos, o aparelho móvel, sequer olhava pra mim. 
       Eu disse "pshiu, olha pra mim", mas teu nexo sem sexo (mesmo que psico) era maior. 
       Egoísta! - eu lhe dizia a todo instante. 
       Dramática! - você cospia sem dó, nem piedade.
 

       Teu corpo respirava de raiva, paixão e jamais compaixão. 

       Era âmago. 

       Você não entendia de nada.
       Tampouco sobre Monet, canções populares e Dostóievski.
       Pagava de culto - barba, barba, charuto.
       Andava de All Star. 

      "pshiu, olha pra mim" - eu repetia incessantemente.
       Teu mundo virtual, vazio e seu cheiro pulsava mais.
       Bem mais que Meu corpo: nu. 

       Buscou a mim na falta de energia.
       A energia já não era mais eu.
       Cedi: tem coisa que não se nega. 

       Eu era apenas uma louca. Louca por você.
       E por Caetano.''


Eu trocaria Caetano facilmente por City and Colour, só pra que meus pensamentos se encaixassem com a realidade - e com a nossa história. 


sábado, 21 de fevereiro de 2015


            Mudanças são sempre bem vindas - ou não. 

    Acordei pensando sobre todas as mudanças: de casa, de ares, de pensamento e de pessoas. Jamais a mudança da figura e do ser. 
   O coração acelera e busca respostas que o cérebro possui, mas nunca materializa por ser responsável demais. 
   Olhei pra trás e vi teu rosto, tuas mãos, tua barba e teu cabelo problemático quando ia de encontro ao vento. - Era incrivelmente apaixonante. 
   Tua figura e o teu ser, no sentido caráter, sempre os mesmos: frio, inseguro e manipulador. - Era desprezível. 

Busquei as mudanças, o cérebro e a figura do meu ser no espelho. 
Já era tarde: o coração sempre falará mais alto. 



Its just a game 

O mundo nos invade cada dia mais, isso ocorre quando colocamos a cara na rua e dizemos ''oi'' pro sol. É claro que "botar a cara na rua" é um termo um tanto quanto questionável pra mim, que me recuso a ter qualquer tipo de contato palpável com o ser humano. Embora seja assim, o universo me me prova que devo ser o contrário do que sempre fui. Abraçar quem nos odeia, por exemplo, é o ato menos egoísta que tomaremos na vida. 
Egoísmo esse por sinal, que nos limita a olhar somente pra um lado da moeda, quando na verdade, o limite ultrapassa o número 2. 
Calcular os limites tal como calculamos as faces de alguém que nos mostra verdadeiro. Ninguém será. 
A cada segundo um nova vida nasce, e nem sempre de um ventre. Talvez seja consciente, psíquico, filosófico ou de alguma teoria heartiana. 
Tente descobrir. É só mais um jogo pra ultrapassar os limites do egoísmo.



Exitamos; 

Ouvia-se o silêncio entre nossos olhares
Não podia falar, e tampouco respirar
Abracei você e vi em teu corpo algo de mim

Exitamos,
Estávamos tão apavorados que não
sabíamos pra onde olhar
Procuramos respostas

Fica. 
Não olha pra trás. Deixa eu te mostrar um
mundo novo, onde só cabemos eu e você. 



Sufoco

Visceralmente
Onipresente
Me vi em você

Suas costas nuas
Me refletiam 
Tão só

Tão so(mente) minha
Displicente
Invoco a fé

Meu grito em mim'alma
Sufoco a ti
E a mim





Hi! Esses escritos são coisas antigas (ou não) que haviam em meu bloco de notas. Uns eu não queria nunca mostrar pra ninguém (esses permanecem em seu local de origem), outros decidi expôr. Talvez eu nem deva mais escrever coisas como estas, talvez esse seja um lado meu que deva permanecer no fundo da minha caixa memória. Ou sei lá. 
Existem tantas de mim aqui dentro, que se eu colocasse tudo pra fora seria no minimo chamada de louca (o que de fato, sou). 

Não copiem esses textos, são chatos mas são meus. Orem sempre à Deus, o dono de tudo. 
Leiam.

E voltem sempre aqui.






Beijos, Lorrany Farias. 


sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

,

Volta.

        Pude explorar cada parte do teu intimo. Busquei nos teus olhos o que não podiam nunca encontrar nos meus. Respirei no teu ouvido, e pedi pra que ficasse. Era fácil. Até ser eu.
        Incompreendido. Não haviam palavras pra cada segundo ali. E aqui. O sol sabia que podia apagar facilmente todos aqueles dias. E você não se importava.
        Desculpa.
        Dissimulo pequenos problemas pra que me note. Você não é assim. Mas facilmente bloqueia minha mente, e me deixa sem chão.
        ''Volta. Agora aqui só mais um pouco. E me beija feito um louco, e não pára não.''
         Me queima feito fogo.
         Me tome.
         Me arranhe.
         Me deixa de cara, e sem ar.
         Gosto do teu gosto de tudo.
       ''Volta

E me olha como a deusa
Impossível, imperfeita
Que te ama, que te odeia''

  
       
     

segunda-feira, 24 de novembro de 2014



1- O espaço de alguns blogs é restrito: Acho que quando você se dispõe a ter um blog, inconscientemente você está fazendo com que o que você escreve chame mais atenção pra um público, do que pra outro. Isso é inevitável. Mas, o que me irrita de verdade é a restrição de assuntos pra talvez, as próprias pessoas que acessam. Li dia desses um post sobre ''papo de mulher: batom, rímel e base perfeitas pra seu tipo de pele''. Tipo, oi?! Hoje em dia, sabemos muito bem que homens também usam maquiagem, e não importa pro que seja ou porque seja. Importa é que eles usam. Entendem?! O mercado de blogs infelizmente está voltado somente pro público/mercado feminino, o que é uma tristeza. Já vi milhões de homens e garotos parando de visitar um site/blog pela discriminação e distinção de sexo. E isso não se aplica somente homens x mulheres, mas se aplica a vários outros contextos.  Acho que dar uma pesquisadinha no público influencia bastante pra quando você for escrever. E talvez, pensar que seu blog não precisa ser tão restrito assim. Já pensou em escrever pra vários tipos de pessoas?!


2- A moda: Muita gente sabe que eu sou formada em produção de moda, e talvez isso influencie pra que alguém me critique pelo meu pensamento, but i really don't care. A verdade é que esse mercado é fútil, discriminatório e cheio de maquiagem - maquiagem no sentido de esconder o monte de trabalho escravo e outras coisas que não cabem nesse tópico. O que quero dizer é que: por que diabos as pessoas insistem em fazer posts de moda pra gente magra, branca, da classe elitista que vive indo pra NYC e comprando maquiagem da MAC (inclusive eles fazem testes em animais, viu?!) ?! O mundo seria muito melhor se você não propagasse esse tanto de merda que já existe por ai. Eu já cometi esse pecado, porque eu não ligava e não me importava. Mas depois eu entendi o que realmente isso significa, e o quão importante é você saber e entender sobre todas essas coisas. A moda não precisa ser assim mais se você tentar fazer o seu papel e ir aos poucos mudando todas essas visões. Tem um blog? Ótimo! Comece a repensar sobre as coisas que você escreve, sobre sxus leitorxs, e sobre as mentes que você pode estar manipulando e afetando. Isso é muito sério. E tem gente que morre diariamente por conta disso.



3- A falta de informação: Assim como todo meio de comunicação midiático, a blogosfera também não fica de fora. É fácil você procurar na internet sobre um tema, copiar e colar. Voilá! Seu post cheio de merda ta pronto pra você sair espalhando por ai e ferrando a mente de milhares de leitorxs. Óbvio que isso não serve pra todos os blogs, mas acontece. Acho que pra você falar sobre um assunto, você precisa estudar, pesquisar e se aprofundar. A merda, milhares de pessoas já propagam por ai, você não precisa ser mais um a fazer isso. Então sei la, se for falar sobre moda, música, cinema, ou qualquer outro assunto: se informe, estude. Nada melhor que (re)passar aos outros uma informação certinha, coerente e com dados. Não queremos mais pessoas alienadas por informações erradas circulando por ai, não é?!


4- A tentativa de fazerem xs leitores serem iguais a quem escreve: É incrível e um absurdo no tanto de blogueira que eu já vi por ai, que insistem pra que sxus leitorxs sejam iguais à elas. Seja no jeito de andar, falar, escrever, se vestir e até no jeito de comer. Isso se aplica nos famosos tutoriais de ''como usar tal roupa'', ''look do dia'', ''como não cair em depressão'', ''como conquistar o gatinho dos sonhos'', ''como limpar a bunda sem sujar a mão'' - ops. Sabe?! Você não precisa seguir tutorial de como ser mais lindx, de como atrair alguém, de como não estar ou ficar depressivx ou qualquer outra coisa. Isso acaba fazendo com que você seja igual a todas as pessoas que PRECISAM desse tipo de post pra sobreviverem. Você precisa ser você. E o mais importante: você precisa de você. Sem tutorial, sem regra e sem uma blogueira pra te enfiar tudo na cabeça. No meu modo de pensar, isso afeta no psicológico e agride os direitos de alguém como seres humanos. E se você tem algum problema, procure alguém especializado pra te ajudar. A internet é um ótimo meio pra se informar, mas também pra atrapalhar. 



Eu passaria dias escrevendo sobre coisas que me irritam em blogs, mas acho que os 4 tópicos acima conseguiram falar de ''forma geral'' pras coisas que eu penso e que eu acho que não são coerentes. 
Lembrando que em nenhum momento citei nomes de blogs e blogueiras, e que de nenhuma forma eu quis enfiar meu pensamento na cabeça de alguém. Só pra ficar claro, expus minha opinião sobre um determinado assunto e que eu acho que não vá influenciar no modo de pensar e de agir de alguém. 

Beijinhos de luz.