Era o sol da manhã perdida, a lua da noite rebuscada. No rádio, Caetano. Nas mãos, o aparelho móvel, sequer olhava pra mim.
Eu disse "pshiu, olha pra mim", mas teu nexo sem sexo (mesmo que psico) era maior.
Egoísta! - eu lhe dizia a todo instante.
Dramática! - você cospia sem dó, nem piedade.
Teu corpo respirava de raiva, paixão e jamais compaixão.
Era âmago.
Tampouco sobre Monet, canções populares e Dostóievski.
Pagava de culto - barba, barba, charuto.
Andava de All Star.
"pshiu, olha pra mim" - eu repetia incessantemente.
Teu mundo virtual, vazio e seu cheiro pulsava mais.
Bem mais que Meu corpo: nu.
Buscou a mim na falta de energia.
A energia já não era mais eu.
Cedi: tem coisa que não se nega.
Eu era apenas uma louca. Louca por você.
E por Caetano.''
Eu trocaria Caetano facilmente por City and Colour, só pra que meus pensamentos se encaixassem com a realidade - e com a nossa história.
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