quinta-feira, 7 de maio de 2015

Caguei pra você.

Eu poderia escrever um texto conceitual, com mil coisas subtendidas. Mas preferi que seria banal, e te diria tudo assim -as-claras-.

Caguei pra você, porque prefiro estar assim: sendo sempre mais de mim. Egoísta, e com o coração aquecido e protegido por um amor que --jamais-- vai desistir de mim por medo.

Sou bizarra. Eu sei jamais teria você disposto pra mim. Como nos dias legais de dezembro. E eu não sei porque agora - só agora - parei pra pensar que talvez você tivesse mexido comigo além do que eu sempre permiti por parte dos outros seres humanos.

Entende que eu nunca quis 100% de você, afinal não tratamos de exatidão quando o assunto é ''gostar'' de alguém. A gente precisa de liberdade pra poder respirar, e além disso, pra não nos preocuparmos e sermos perfeitos pro outro. Porque se a gente ama, a gente não é 100, mas sim, o complemento. Que talvez seja 10%, mas essa é a chave. Ser 100 é chato.

Acomoda. E rouba nosso ar.

Eu não quero cobrar nada de você, ser igual ao mundo que gira em torno do sofrer por amor. Não sou assim. Eu só gosto de você, e eu assumo que é do jeito mais bobo e mais meu de gostar de alguém.
Você não entenderia porque eu nunca, nunca te demonstrei segurança alguma. Por isso a fuga de mim, e talvez de nós, por parte de você. Sei la. Eu realmente não sei de muita coisa que envolva o mês de dezembro - e nem os outros -.

Como sou tola.

Eu caguei pra você porque é uma causa perdida. Jamais passaria de uma noite. Jamais passaria pra parte idiota que escrevo algo absurdamente filosófico pra você, enquanto você se empenha em ser legal e cozinhar algo pra nós dois.

Você prefere os romances de cinema. E jamais te julgaria por isso, o mundo é assim. Eu que procuro - o tempo todo - não ser igual a ele. E talvez seja por isso que prefiro estar sozinha e não foder ninguém, psicologicamente falando.

As vezes faço isso sem perceber. Faço isso comigo mesma, M. E eu sou assim.

Não imagino você rebelde igual a mim, do tipo que se rende à um sentimento louco. Que prefere estar ali, vivendo, (do) que buscando por algo que talvez nos prenda a vida inteira. Nos dê segurança, conforto, mas jamais, a paz de espirito e o coração quentinho. Porque sentimentos loucos, nos faz sempre manter a expectativa sobre a vida.

Sobre o que vai acontecer amanhã. Sobre o sexo sempre maravilhoso, o beijo sempre caloroso e sei la, até mesmo o cafuné.

Quando a gente se mantém acostumado com algo, a sentimentos banais e rendidos ao mundo, tudo será sempre igual.

Eu sei que eu não sou assim. Queria te mostrar aquele mundo novo, do post no twitter. Que só cabemos eu e você.

Mas você não sustentaria boa parte de mim. De nós.

Você é Joel, eu, Clementine.

Caguei pra você. Não porque não te gosto, ou porque não te quero. Mas sim, porque sei que a segurança e os pés no chão são que te mantém seguro pro que pode vir amanhã. A certeza desse amanhã.

Eu não sou certeza pra ninguém.
Nem pra mim, nem pra você.
E nem pro nós de dezembro de 2014.

Se cuida.

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