sexta-feira, 28 de junho de 2013

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Bubbles;


Aquele caminhar torto com a famosa mexidinha no cabelo – era você vindo em minha direção- sempre com a blusa velha dos Ramones que tanto me deixava hipnotizada. Toda vez que você me olhava só lembrava de Aerosmith. Era típico seu ouvi-los no final de semana com a caneca de café amargo nas mãos. Seus olhos e sua barba mal feita sempre me arrancava um sorriso meio boboca. Suas botas sujas de lama do acampamento de ontem e suas calças levemente molhadas davam um ‘que’ de batidinha acelerada no coração. Eu não podia entender porque você me causava tudo aquilo. Eram coisas bobas. Barba. Cabelo. Botas sujas. Camisa. E as mãos sempre bem definidas. Eu as notei enquanto tocava violão. Era legião urbana. Era Cazuza. Era Nando Reis. Sempre com o sorriso que me fazia sentir, como se chama mesmo? Arrepio. Agonia. Desespero. Paixão. Amor. Eu não sei. Não sabia.
Noutro dia você chegou ao meu lado. Mexeu no cabelo. Piscou. Me ofereceu seus cigarros. E eu neguei. Tocou no meu dedinho da mão esquerda. Disse Carpe Diem. Soube se portar. Me chamou pra segui-lo. Eu fui. Me perdi. Digo, não me perdi ali. Me perdi em mim mesma. Estava louca. Louca de botas e calça jeans. Louca de Smiths. Louca de chuva. Me beijou. Borbulhei. Borbulhei quando soube desde o inicio, que seria meu. Desde as luzes acesas. Desde os dedos mindinhos. Desde sempre.


*pra que haja total efeito, leia ouvindo essa música*





                                                                      

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