sexta-feira, 5 de abril de 2013



Não viemos fazer um texto jornalistico ou uma biografia, queremos fazer uma homenagem ao nosso 'herói que morreu de overdose', mas morreu de overdose de amor.
Em plena década de 80 a música brasileira conheceu a voz e a alma de um dos maiores poetas que já existiu. Uma voz de garra, de 'voz pulsante' e de juventude, principalmente juventude. Cazuza gritava aos mil ventos que nos embala, tudo o que o jovem pensou e que talvez pensa até hoje,falava de amor, de justiça e segredos de liquidificador. 
Cazuza carregava consigo um nome cheio de significados, dizia nosso aurélio 'cazuza: vespídeo solitário'. De alma livre, teve milhões de oportunidades que foram cedidas pelo pai. Poderia ter sido um grande publicitário, poderia ter tido milhões de empregos, mas sua liberdade o impediu. 
  Cazuza chegou ao ápice da popularidade por meio do Barão Vermelho, mas como qualquer jovem apaixonado, sua rotina o deixava entediado, preso e irriquieto. Depois do fim da banda, ele anunciara que faria carreira solo. Alguns dias depois, foi internado com uma febre de 42 graus, que o fazia insistir ao médicos a fazer exames de HIV, que deram negativos, mas a tecnologia não era tão precisa na época.


Quando o álbum 'Só se for a dois' foi lançado, nosso poeta já sabia que estava com AIDS. Em outubro de 87, ele foi levado aos Estados Unidos por seus pais pra fazer tratamentos mais poderosos contra a doença, quando voltou ao Brasil lançou 'Ideologia' que carregava traços óbvios da doença, mas não assumia nada a ninguém. 
Em 89, depois do lançamento do álbum 'Cazuza ao vivo- o tempo não pára' que assumiu abertamente a sua doença. Foi a primeira personalidade brasileira a fazê-lo. 
Mesmo muito doente, ele não desistiu e queria continuar trabalhando, trabalhou de 
fevereiro a junho no álbum 'Burguesia' 
que seria (e foi) seu registro discográfico em vida. 
Em outubro do mesmo ano, passou por um tratamento alternativo em São Paulo e depois viajou novamente para os Estados Unidos onde permaneceu internado até março do ano seguinte. 
No dia 7 de julho de 1990, a vida levava nosso doce herói.


"Li uma vez que você vive não sei quantas mil horas e pode resumir tudo de bom em apenas cinco minutos. O resto é apenas o dia-a-dia. Um olhar, uma lágrima que cai, um abraço... Isso é muito pouco na vida. Então, isso vale mais que tudo para mim. Prefiro não acreditar no Day After, no fim do mundo, no apocalipse. "
Cazuza

          A verdade é que a vida foi generosa ao levar nosso poeta, as vezes é melhor que se dê fim ao que de alguma forma nos fará sofrer. E todos nós sabemos, que ele é apenas mais uma luz que brilha com tantos outros heróis. Parabéns Cazuza pelo seu aniversário póstumo, parabéns por tudo o que foi e por tudo o que gritava aos 4 ventos. E assim como você, preferimos toddy ao tédio. <3


                                               




2 comentários:

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